Culinária Italiana: Principais Características e Curiosidades

A Culinária Italiana produz poesia ao paladar com sua incrível combinação de sabores, e está entre as opções preferidas das pessoas mundo afora.

É impossível não se deparar com pizzarias por toda parte. Existe país mais reconhecido pelo prazer que sua gastronomia proporciona do que a Itália? Dificilmente!

E quando se trata de uma cozinha que mexe tanto com as paixões como a italiana, a vontade que temos é de comer, aprender, e fazer sua comida.

Então aproveite e confira aqui um pouco da história por trás dessa gastronomia de prazeres, algumas características e 5 pratos típicos que a culinária italiana tem a nos oferecer.

Passar receitas de família com carinho e orgulho para as gerações que chegam é uma tradição muito viva na Itália.

Como uma herança e registro de raízes, é na cozinha que os mais velhos transmitem seus costumes e conectam-se com os mais jovens.

Aqui, resumimos um pouco da história e do que compõe a comida italiana tradicional. Continue lendo e conheça algumas curiosidades e os principais pratos dessa deliciosa culinária!

História da Culinária Italiana

Os primórdios da história da comida italiana estão conectados à Roma Antiga, embora o país tenha se tornado a Itália que conhecemos hoje apenas no século XIX.

A grande importância que a os costumes e receitas culinárias atingiam no território pode ser encontrada em registro escrito desde o século I a.C., em um livro de culinária com autoria atribuída a Marco Gávio Apício.

A simplicidade e a valorização dos ingredientes sazonais e de boa qualidade eram o fator mais apreciado, junto com um bom preparo dos pratos.

O desprezo a ervas e especiarias para tempero, como o alho, mudou com o fortalecimento do Império Romano, quando seu uso se tornou marcante.

Há dois mil anos, portanto, a região então dominada pelos romanos passava a desenvolver grandes banquetes e elaboradas técnicas culinárias, que enfatizavam carnes de avestruz, pescados e bovinos, todos regados a muito vinho com água e mel.

História da Culinária  Italiana
História da Culinária Italiana

Os banquetes eram reservados à nobreza, e a população em geral tinha em sua base alimentar vinho, azeitonas e cereais: a chamada tríade mediterrânea.

A dieta mediterrânea constitui, para além da tríade, pães, vegetais, legumes e queijos, e é o que se consumia diariamente àquela altura.

Com a chegada dos Bárbaros (de origem germânica), o Império Romano caiu e o território hoje italiano passou a abrigar também as pessoas que introduziram o uso da manteiga e o consumo da cerveja.

No século IX a grande ilha da Sicília foi dominada pelos árabes, e absorveu seus gostos então exóticos para a culinária.

Especiarias e frutas secas passaram a ser encontradas e inseridas nos pratos sicilianos.

O hábito de secar massas para que elas pudessem ser conservadas e preservadas também foi passado através dos árabes nesse momento.

Com a instituição do cristianismo por Constantino, outras mudanças chegaram aos pratos dos italianos. A forma, a quantidade e o que se comia poderia ser associado aos pecados capitais.

Além disso, o jejum e a abstinência de carne passaram a ser praticados, pois sua produção implicava uma violência flagrante e seu consumo poderia provocar desejos e paixões impuros.

O consumo de saladas, pães, grãos e leguminosas foi muito incentivado nessa época.

Os efeitos da Renascença

Foi após a Idade Média que muitos dos pratos conhecidos hoje foram desenvolvidos na Itália.

A Toscana foi uma região de florescência das experimentações, já que contava com ingredientes de origem vegetal e animal de altíssima qualidade. Foi aí, em Prato, que o primeiro pão ao estilo do tão conhecido panetone de Milão foi desenvolvido.

Cristoforo de Messibugo foi um importante cozinheiro desse período. Responsável, entre outras coisas, pela divulgação da tradição de rechear massas e do amor renascentista pela mescla de sabores doces e azedos.

Com a febre do açúcar, as frutas cristalizadas e cozidas em calda se popularizaram.

Principais Características

Características da Culinária Italiana
Características da Culinária Italiana

A gastronomia italiana celebra muito a preparação de seus pratos, de modo que as carnes apareçam como algo secundário ao que foi produzido.

Uma refeição típica da Itália começa com um grande prato de antepasto (frios, embutidos, anchovas e cogumelos). Em seguida, uma massa acompanhada de uma proteína simples e deliciosamente preparada é servida.

A culinária italiana investe em um movimento decrescente, em que a quantidade de comida diminui na sequência de pratos servidos em um jantar.

Os ingredientes utilizados na preparação da comida italiana em geral possuem sabores tão marcantes que são utilizados em pouca quantidade e variedade em cada prato.

Uma boa massa ou arroz arbóreo (utilizado para risotos), tomates, queijos e alguns poucos temperos são capazes de produzir grande parte das melhores receitas italianas.

Até mesmo preparações mais distintas, como o saboroso molho pesto de Gênova, necessitam poucos ingredientes: manjericão, azeite, queijo, castanhas (pinoli) e alho.

Curiosidades

Cada região da Itália possui suas próprias características culinárias, primeiro a nível regional, depois provinciano. As diferenças dizem respeito às nações fronteiriças a cada região (como a Tunísia, a França e a Áustria).

Tradicionalmente, uma sequência de quatro ou cinco pratos era realizada nos jantares italianos. Hoje em dia encontrar uma refeição com essas proporções é raro; isso está reservado a jantares de longa duração como Natal e ano novo.

Em geral, as refeições atuais contam com entrada, prato principal, acompanhamento e café, uma finalização característica italiana. O costume de beber um “digestivo” (licor) após o café aparece em jantares descontraídos.

A pizza foi considerada um prato camponês até o século XIX, quando Raffaele Esposito criou um sabor com as cores da bandeira (marguerita) em homenagem à realeza. Ao impressionar o rei e a rainha, o prato virou moda em todo o país.

Pratos Típicos da Culinária Italiana

Nhoque (Gnocchi)

Nhoque
Nhoque – Culinária Italiana

Uma massa clássica da gastronomia do norte italiano, consiste em “travesseirinhos” feitos de purê de batatas com farinha.

Muito saborosos, podem ser assados com queijos cremosos, salteados com vegetais, imersos em molho de tomate, pesto, ou o de sua preferência!

Risotto

Risotto
Risotto – Culinária Italiana

O risoto é um prato muito versátil e originário de Milão, embora o grão do arroz arbóreo tenha sido introduzido pelos árabes.

Cozido lentamente com caldo temperado, manteiga e vinho, diversos ingredientes como escalopes, lagosta, trufas, cogumelos e vegetais são escolhidos para finalizar o prato.

É comum que uma carne como ossobuco seja servida de acompanhamento. A partir do risoto amanhecido, o delicioso bolinho frito chamado arancini é elaborado.

Parmegiana

Parmegiana
Parmegiana – Culinária Italiana

É difícil traçar as origens deste delicioso prato, mas suas primeiras versões foram elaboradas com berinjela.

Hoje muito comum no Brasil em sua versão de carne ou frango, trata-se de ingredientes empanados (“à milanesa”), cobertos com molho de tomate e queijo e finalizados no forno.

Polenta

Polenta
Polenta – Culinária Italiana

A polenta também é um prato mais comum na região norte da Itália.

Elaborada a partir do fubá cozido, esse creme amarelo é geralmente acompanhado do famoso molho vermelha com carne moída conhecido como “à bolonhesa”, uma elaboração típica de Bolonha, como o nome sugere.

Tiramisu

Tiramisu
Tiramisu – culinária Italiana

O nome dessa sobremesa de Trevito significa “levanta-me” em vêneto, uma língua românica.

Isso se deve ao seu alto teor energético, já que é elaborado com biscoito champanhe banhado em café, camadas de creme do queijo mascarpone com ovos, e cacau em pó para finalizar.

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